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5 de Outubro e as relações binárias

por Antero Neves, em 05.10.12

Quando Nicolau Copérnico apresentou a sua Teoria Heliocêntrica a maior parte das pessoas achou-a um absurdo e não foi de um momento para o outro que passou a ser aceite - aposto que algumas pessoas mais velhas ainda têm dificuldade em aceitar que a Terra se mova e o Sol não - mas é preciso entender que, qualquer teoria/ideia só desaparece quando a última pessoa que acredita nela morre e há sempre uma espécie de guerrilha ideológica que luta por manter viva a sua forma de pensar, por mais minoritária que seja e atenção que eu digo minoritária e não absurda, é por isso que "you cannot kill an idea" (V for Vendetta).

Já o disse em post anterior, o 5 de Outubro, para mim, não é/era mais que um feriado e eu nunca fui de festejar feriados de forma sentida - à excepção do 25 de... Dezembro. Por isso posso-me dar ao luxo de avaliar a importância dos feriados de uma forma lógica, sem preferências ou preconceitos. Raciocinemos então:

  • para haver Terceira República é preciso que tenha existido uma Segunda e uma Primeira;
  • para haver uma República é necessário que sejamos um país independente (humm... pois... independente no sentido de... independente... não no sentido financeiro porque nós temos a Troika, nem no sentido político porque nós temos Bruxelas, mas... quer dizer... cough cough, esqueçam, I digress.);


Então, seria lógico que o feriado que celebra a Restauração da Independência fosse mais importante que aquele que celebra a Implantação da República e este mais importante que o que comemora a Terceira República. Seria, mas pelos visto não é. Mantém-se o feriado 25 de Abril e retiram-se os outros dois que, no fundo, lhe servem de base. Só encontro duas justificações para isso, a primeira é que as pessoas que fizeram o 25 de Abril ainda estão vivas e não as quiseram matar de um ataque cardíaco, as outras já morreram e não sobrou ninguém para lutar pelos seus respectivos feriados; a segunda é que a relação que se estabelece entre feriados é não transitiva e está definida de outra forma em tudo parecida com o jogo Pedra-Tesoura-Papel em que pedra ganha à tesoura, a tesoura ganha ao papel mas o papel ganha à pedra.

Seja como for, imagino D. João IV e Manuel de Arriaga às voltas no caixão enquanto Mário Soares lhes atira umas caretas...

Post-Scriptum Também Mário Soares decidiu gozar o último 5 de Outubro em paz e sossego, fazendo o que bem lhe apetece. Good for you Mr. Mário! Good for you! Ele diz que foi protesto? Eu acho que foi preguiça! ;)

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publicado às 15:00

A Padeira do Pátio da Galé

por John Wolf, em 05.10.12

 

 

Segundo reza a história, foi no ano da Santa Trindade de 2012, mais precisamente no dia 5 de Outubro da República Portuguesa, que a Padeira do Pátio da Galé irrompeu pelo dito pátio e escorraçou os traidores da pátria, mas em particular um deles, que falava mais alto.

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publicado às 14:19

De pernas para o ar

por Faust Von Goethe, em 05.10.12

 

Durante a guerra, hastear uma bandeira ao contrário significava a presença do inimigo e consequentemente a perda de soberania. Vimos hoje na Câmara de Lisboa, durante as comemorações restritas do aniversário da proclamação da República, o Presidente Cavaco hastear a nossa bandeira ao contrário. Lapso ou acção deliberada de protesto oculto, o certo é que Deus escreveu direito por linhas tortas. Como aconteceu noutras épocas, este país está refém de dois inimigos. Um externo (o mandante) e um interno (o executante)  apostados em destruir uma nação com mais de oito séculos de história. A bandeira do município assumiu a verdadeira situação do país. E assim deve continuar até à libertação de Portugal.

 

Fonte: blog Nação Valente.

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publicado às 14:11

5 de Outubro e a relatividade (da sua importância)

por Antero Neves, em 05.10.12

À medida que os meus 32 anos foram passando, o 5 de Outubro não teve sempre a mesma importância. Posso dizer que na minha infância o 5 de Outubro nada significava e à medida que fui crescendo e ganhando noção do que me rodeava também a consciência do que o 5 de Outubro representa ganhava relevo no meu pensamento político.

Mas não foi nada disso.

E não é que o 5 de Outubro tivesse sempre o mesmo significado ao longo da minha vida. Não! Realmente o 5 de Outubro não teve sempre a mesma importância mas foi porque às vezes coincidia com o fim de semana e não tinha importância nenhuma, às vezes a meio da semana compreendendo-se já a existência do dito feriado e atingia o auge quando preenchia o lugar da segunda ou sexta-feira regalando-nos um prazeroso período de mini-férias.

Não deixo, portanto, de ver alguma ironia no facto de a última(?) vez que o 5 de Outubro é celebrado com um feriado o ser a uma sexta-feira. É como se os governantes nos quisessem torturar requintadamente, lembrando-nos aquilo que vamos realmente perder.

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publicado às 11:00

A Salvação e a Crença

por Faust Von Goethe, em 05.10.12

 

Os portugueses foram durante anos pecadores e esbanjadores compulvisos. Como viveram acima das suas possibilidades, terão agora de pagar e de se sacrificar para obter a salvação das suas almas penadas. Segundo as novas medidas do governo, o preço a pagar passa [essencialmente] por aumentos brutais do IRS e IMI. O sacrifício passa por um menor poder de compra e, em alguns casos, o ter que devolver a casa ao banco, passando assim a viver como verdadeiros mendigos.

Segundo os partidos da oposição, em especial os que não assinaram o Memorando de Entendimento (MoU), a salvação [de Portugal] deveria ser gratuita, ou por outras palavras, "nada teremos que dar ou fazer para sermos salvos". Será?

Ora vejamos: A bíblia ensinou-nos que a salvação deveria ser gratuita “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamene, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”  (Romanos 3:23, 24). Porém, “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).

Na bíblia, Deus interveio e assumiu a culpa do homem (cf. Isaías 53:6). E Jesus Cristo-encarnação da a alma de Deus-ao assumir os pecados do homem e provou o castigo, morrendo na cruz.

Tanto na bíblia como na realidade, pediram-nos que nos entregássemos a ele(s) e o(s) aceitássemos como nosso(s) salvador(es), com a diferença que na bíblia um só homem foi sacrificado-Jesus Cristo na cruz-ao par que na realidade Passos Coelho, Vítor Gaspar [e restantes membros do governo] recusaram-se até à data, sacrificar-se a "eles", i.e. o estado e as suas gordurinhas pecaminosas.

O governo de Passos é portanto um governo de crentes, mas não em Deus. É crente em si e sobre si. O problema é que [já quase] ninguém crê neste governo e muito menos nestas medidas.

 

Leitura Complementar: Quando só resta o caminho da fé

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publicado às 10:40

50 anos de Bonds! James, não as Euro!

por Antero Neves, em 05.10.12

Foi a 5 de Outubro de 1962 que o mundo recebeu no grande ecrã Bond, James Bond e com ele veio a famosa música de John Barry intitulada - para surpresa de todos - James Bond. É simplesmente espectacular!



Parece haver uma tradução musical de tudo o que o personagem Bond transmite nos seus filmes: sofisticação, mistério, sedução e, claro, acção!

Depois deste primeiro tema veio em 63 o From Russia With Love de Matt Monro, em 64 Goldfinger por Shirley Bassey (a minha favorita de todas as que são cantadas), em 65 Tom Jones cantava Thunderball, em 67 surge You Only Live Twice de Nancy Sinatra, até que em 1969 John Barry volta a conceber um tema principal sem vocalista e faz a minha segunda música favorita dos filmes de James Bond: On Her Majesty's Secret Service, uma música que não pode servir de banda sonora a outra profissão que não seja agente secreto; o filme, esse passa completamente ao lado e deve ser o menos memorável de todos.

A década de 70 começa com outra música cantada por Shirley Bassey: Diamonds are Forever (1971). O Beatle Paul McCartney também faz parte da lista de cantores que embelezaram os filmes de Bond com Live and Let Die de 73 e logo no ano seguinte apareceu The Man with the Golden Gun por Lulu...

E é aqui que a coisa descamba... estávamos a chegar aos anos 80, uma década que eu considero maldita na música, as músicas do final de 70 lembram-me o Vitinho e o "Está na hora/da caminha/vamos lá dormiiiir!". A seguir foi Duran Duran, A-ah e uma panóplia de sons típicos dos eighties que até me deixam arrepiado! Foi uma Idade Média (musical) de Bond e parecia que a personagem e a música não estavam sequer relacionados.

Vieram os anos 90 e Tina Turner tirou-nos dessa espiral destrutiva do glamour de 007. Com Goldeneye, voltou a ouvir-se uma voz potente e orquestra e a música voltou a revelar a sofisticação de outros tempos. Mas foi Sol de pouca dura. Depois de Sheryl Crow (Tomorrow Never Dies) e Garbage (The World is Not Enough), ambas inferiores a Goldeneye, eis que surge em 2002 o PIOR TEMA DE SEMPRE de um filme de James Bond: Die Another Day de Madonna. A minha questão é: em que é que os tipos estavam a pensar quando escolheram isto?? Não faz sentido nenhum!!! A partir daqui só podia ser melhor e, embora You Know My Name de Chris Cornell não seja daquelas músicas que eu associo automaticamente aos filmes de Bond, a verdade é que a música encaixa muito bem na história do filme.

Em Quantum of Solace atinge-se mais um mínimo, que me desculpem a Alicia Keys e Jack White (que com toda a certeza estão a ler isto com muita atenção), eu até gosto muito da música Another Way To Die só que seria adequada para a banda sonora de um filme do tipo Triple X ou Velocidade Furiosa com Vin Diesel e não para Bond, James Bond.


Foi preciso aparecer uma cantora como Adele para voltar a sentir que uma música está perfeita para o agente secreto mais famoso de sempre.


Claro que esta é uma opinião e acredito que quem gosta dos anos 80 dê uma volta completa a este texto. Deixem o vosso ranking :D

 

Já agora, fica uma versão espectacular e invulgar de James Bond:

 

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publicado às 10:07

Caleidoscópio - O Blog ... Kaleidoscope - A Música

por Antero Neves, em 05.10.12


Como qualquer bom filme... há que ter uma banda sonora.

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publicado às 00:00




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