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Obama vs Romney-O Karaoke

por Faust Von Goethe, em 11.10.12

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publicado às 20:56

Caleidoscópio de pedaços quânticos reflectindo a relatividade da luz.

por Balhau, em 11.10.12

Conseguem imaginar um caleidoscópio desta natureza? Na verdade eu não disse absolutamente nada de especial. Toda a gente sabe que a melhor descrição para o pequeno mundo é dado pela incerteza quântica enquanto que a macro análise tende a ser narrada pelo relativismo de einstein. O título só serve para lembrar este pequeno pormenor. E que é que isto tem a ver com este blog? Nada em geral mas tudo em particular. Esta minha reflecção é uma análise à entrada partilhada pelo Diogo onde exprime a sua filosofia de vida de forma honesta e aponta, correctamente, alguns dos problemas nucleares do mundo contemporâneo. A visão do mundo, ou por outras palavras o conjunto das suas ideologias, é partilhada certamente por muitos. Eu, por outro lado, tenho uma interpretação do mundo diferente. Não melhor, nem pior, diferente e de certa forma complementar. Tal como o Diogo eu tenho crenças. Quem não as tem? Eu creio que daqui a 24 horas o sol estará visível. Eu creio que a corrupção nunca vai acabar em termos absolutos, mas creio que é possível fazer muito para baixar os dados estatísticos da mesma. Eu creio numa infinidade de coisas. E tal como o Diogo umas são empiricamente sustentadas outras nem por isso. As primeiras seguem uma metodologia as segundas são aquilo a que chamamos de "feeling". Mas ao contrário do Diogo eu não acredito em Deus, ou Deuses. E também não acredito numa resposta honesta para a pergunta "mas quem está certo tu ou o Diogo?". Acredito que o mundo é relativista, e Einstein também. O relativismo é intrinseco nos fundamentos das teorias económicas. O postulado da relação oferta procura nada mais é que uma manifestação de relativismo. E eu sou materialista. Não no sentido mesquinho da palavra. Na super valorização dos costumeiros bens materiais que, tal como apontado pelo Diogo, nos aproximam cada vez mais da mediocridade enquanto seres que almejam por um status superior aos restantes animais. Sou materialista no sentido em que identifico material com realidade. Tudo o que conhecemos à nossa volta é constituido por matéria então neste ponto de vista tudo o que me circunda é material. E neste ponto eu sou profundamente materialista. Não ignoro as relações, padrões e conceitos que, ao contrário dos restantes animais, parecemos ter a capacidade de construir. A minha formação é essencialmente matemática, pelo que a minha proximidade com o mundo da fantasia é bastante estreita. O que quero dizer quando me afirmo materialista é que aquilo que somos é, ao nível mais elementar, uma dança de átomos, de níveis de energia, e quando estas danças tomam como o palco o nosso cérebro surgem obras fantásticas. Obras que em conjunto formam aquilo que eu denomino como o abstracto. A forma mais próxima daquilo que muitos chamam de metafísica. Para mim, metafísica e abstracto, são o movimento consequênte das formas mais elementares de matéria. Mas em última instância tudo não passa de matéria e do seu respectivo movimento. E isto, evidentemente, é uma ideologia, uma crença. Não me parece plausível que me peçam para que vos apresente uma demonstração nem eu tenho aspirações a tal. Neste ponto sou muito crente, tal como o Diogo. Como para mim, materialismo é na verdade sinónimo de realidade não sofro da patologia apontada pelo Diogo. Eu não me sinto vazio porque tudo o que o universo tem para me oferecer me completa e transcende. Não necessito de mais complexidade para me sentir intelectual e espiritualmente preenchido. E desta forma sou feliz. Nos moldes apresentados a busca pela felicidade não é uma ânsia que procuro atingir a todo o custo e pela qual sou capaz de sacrificar qualquer coisa que se me apresente pela frente. A felicidade na minha perspectiva materialista, nada mais é do que a procura pelo equilíbrio emocional que eu necessito enquanto ser humano. Desta forma a felicidade deixa de ser um estado e passa a ser um processo. Uma luta contínua, quotidiana, e um conjunto de directrizes (crenças) que nos ajudam a atingir o objectivo proposto. O equilíbrio mental, a saúde intelectual, são um misto de danças harmoniosas a nível neuronal cuja obra intitularei por "sensação de calmaria". Esta perspectiva do mundo não difere, certamente, em muito da do Diogo. As teorias que a modelam é que são, em certos pontos, diferentes. Tal como o Diogo, não sou indiferente aos problemas sociais decorrentes da mesquinhez humana, do abuso do conceito do individual, da filosofia "eu à custa do nós". Também eu sou céptico relativamente ao facilitismo. Mas todos estes problemas não dizem respeito à filosofia materialista ou à ausência dela, não são consequências de uma perspectiva religiosa ou à ausência da mesma. São patologias transversais, e segundo a minha perspectiva do mundo, manifestações materialistas que revelam não uma obra prima de ballet mas um desiquilibrado e deselegante movimento neuronal que se traduzem em tristes manifestações comportamentais. E tal como o Diogo, também eu tenho a minha luta.

 

Este texto não foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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publicado às 15:26

A minha luta

por Diogo Dantas, em 11.10.12

Ser católico, mais do que convicção profunda, faz parte das minhas raízes, formação e até cultura. Ter crenças profundas e tradicionais é cada vez mais difícil, num mundo relativista onde tudo se compra e vende, onde o facilitismo comanda a vida e o sacrifício é visto como um desvio sem sentido. A maior parte das pessoas acham-se possuidoras de um espírito livre, mas têm medo de estabelecer compromissos ideológicos e estão sempre cingidas a princípios que as oprimem, decepam e restringem.

 

A busca da felicidade é cada vez mais uma obrigação a que ninguém pode fugir, um alimento inebriante que todos devem consumir, o carro, o telemóvel, o sucesso profissional, a casa, a conquista amorosa, o materialismo selvagem numa época que é a idade média da mente e da liberdade de consciência do ser humano.

 

Para lá de todo o folclore e das promessas de um futuro sem dor nem rejeição, esse maravilhoso mundo é oco, vazio de sentido e direcção. A verdade é que essa procura paranoica pelo prazer imediato é mais antiga do que o homem e consegue-se ver em qualquer animal irracional sem consciência e inteligência. É demasiado fácil entregarmo-nos às paixões, deixarmos cair o que é duradouro em troca de momentos de prazer. O problema é que essa finalidade impaciente não ganha raízes ou força e alimenta-se da autocomiseração egocêntrica e da superficialidade. Há sempre um momento em que uma pequena voz nos diz para fazer o que está certo e seguir o caminho da coerência e da lealdade. Podemos escolher ouvi-la ou optar sempre pela via mais fácil.

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publicado às 14:25




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