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Ultimamente tenho andado com a vista cansada. Deve ser das lunetas...
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Resposta: Porque os militantes e camaradas do PCP não ouvem CDs. Só cassetes.
Observação: A foto acima não é uma fotomontagem. Aconteceu hoje no decorrer do discurso de encerramento do congresso do PCP, no qual nenhum representante do CDS-PP esteve presente.
Na Imagem: Foto da Manifestação de 14 Novembro em frente ao parlamento, via Tugaleaks.
Na Imagem: Treino do Real Madrid a 18-11-2012 após a vitória por 5-1 frente ao Atlético Clube, via página Facebook Real Madrid C.F.
Adenda: Já confirmei o alibi do Pepe. Jogou a titular frente ao Gabão, um jogo de futebol deveras bizarro que gerou a picardia habitual entre os F's do costume: FCP e FPF.
Foto delitada da página Burros de Portugal.
Ultimamente torna-se insuportável ouvir ou ver qualquer tipo de notícias tanto na tv como na radio, as pessoas são bombardeadas constantemente pelas dificuldades da vida que não conseguem ter tempo para ouvir outros que parecem que vivem uma realidade paralela. As estacões de televisão em tempos tinham programas de stand-up comedy que ajudavam os serões a serem mais leves e no entanto nessas alturas não se podia dizer que a sociedade estava tão estrangulada como agora, esta seria sim a altura de apostar em conteúdos que chamassem as pessoas ao écran e não o contrario. Não precisamos de programas como alguns da Rtp que pretendem debater os problemas da sociedade mas já se tornaram tão previsíveis que dá a impressão que são nada mais do que uma caixa de ressonância do sistema. Esta é a altura ideal não só de reinventar a roda sobre o ponto de vista empresarial mas também sobre o ponto de vista comunicacional, onde está o humor que brinca com a sociedade e com todos os defeitos que ela tem ? De certo que se houvesse uma nova atitude seria tudo mais fácil, ou as estacões de televisão só utilizaram o humor quando lhes dava jeito deitar abaixo um governo se um certo senhor que está em Paris ?
JESUS CONTINUES
Tradução directa de "Jesus vai continuar"; autocolante apropriado para pára-choques de viatura no seguimento das eleições para a presidência de um clube de futebol.
Já que estamos numa de euros, gostaria de explorar os meandros de um caso enigmático. Um estranho dossier, um mistério complexo e sem aparente solução. Refiro-me à moeda. Não à moeda no sentido clássico; mas a moeda em si. A chapa ganha, a chapa gasta, o pequeno dinheiro que tilinta no bolso quando encontra companhia. Gostaria de saber porque razão o cidadão Português tem uma estranha relação com as moedas? Ou não as tem, ou não as deseja dar de mão beijada. Basta tentar pagar uma bica no café da manhã com uma nota de dez euros e o empregado dispara logo: não arranja uns trocos para facilitar? (facilitar o quê?) O mesmo acontece com o taxista que roda a chave para a primeira corrida do dia e não se equipa com munição adequada, e chegando ao destino nem sequer profere um vocábulo de jeito. Dá um grunhido porque o cliente estendeu a nota. É certo que não existe um dispensador em cada esquina, um multibanco-moeda, mas isso não serve de desculpa. Os comerciantes que preparem o dia seguinte de um modo adequado. Assaltem o mealheiro ou a caixinha de esmolas como se de um banco privado se tratasse. Um BPN dos pequeninos. E depois, ainda há um outro aspecto perverso. Paga-se a sande (gosto da palavra sande...parece que foi mordiscada no fim!) com uma nota de vinte e a outra empregada é mesmo mesquinha. Tem um prazer torcido em despejar uma quantidade invejável de moedas sobre o balcão de vidro e remata: desculpe, vai ter de ser tudo em moedas (pelo menos uma dezena de 10 cêntimos e muitas das outras!) Porém, ainda há outras dimensões que merecem ser interpretadas. O desapego nacional em relação à moedinha pode ter a ver com esse defeito nacional de querer ganhar tudo de uma vez. Será uma espécie de síndrome de Tio Patinhas ao contrário? Não entendo. Talvez pergunte ao próximo arrumador de carros que encontrar. Dos antigos. Porque alguns dos mais novos só aceitam notas.