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Recapitalização do Banif é um mero jogo de Poker.

por Faust Von Goethe, em 07.01.13

O dinheiro entra por um lado, sai por outro, volta à casa e o Banif é salvo

 

Acrescento algumas observações à explicação lógica e sucinta de Maria Teixeira Alves em Corta-Fitas:

  • o processo de recapitalização do Banif não passa de um mero jogo de Poker por parte do estado que, ao entrar no capital do Banif "compra a sua própria dívida".
  • Não obstante de não haver qualquer prejuízo para o Banif,  clientes e estado, o acesso ao crédito será porventura escasso pois ao comprar dívida pública para garantir os colaterais junto do BCE, tornar-se-à mais dificilmente conseguirá refinanciar-se através de empréstimos interbancários nos mercados. Ou seja, há probabilidades de o estado ter de voltar a "amolfadar" o Banif, caso seja necessário. 

Em suma, é bom que o Banif "ajude" Portugal a regressar mercados já este ano. Aí sim, poderemos dizer que foi um bom negócio para o estado, que pode continuar a lucrar com as desgraças do Banif-até 2017 (?!)-, à medida que vai baixando a sua dívida pública.

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publicado às 14:12

40 anos de Expresso, estações e passageiros

por John Wolf, em 07.01.13



Enquanto escutamos o Durão Barroso, em directo, do CCB a propósito dos 40 anos do Expresso. À época o menino pertencia ao MRPP. Como é aquele provérbio Português? Mudam-se os tempos...

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publicado às 10:50

Desafiando a Razão como forma de evitar o Colapso!

por Faust Von Goethe, em 07.01.13

 

A crise sistémica que os países desenvolvidos atravessam tem uma ordem de complexa muito superior ao que se estima. Não havendo um diagonóstico único que correlacione realidades macro com realidades micro, a perseguição desenfreada à propriedade privada e poupanças sob a forma de aumentos progressivos de impostos tem sido a opção vigente, que ao invés de defender o princípio da equidade, tem resultado em dupla injustiça com tendência a expropriação.

Embora a economia especulativa continue a florescer, ao ponto dos derivados financeiros a nível global, representarem actualmente um risco de incumprimento dez vezes superior ao PIB mundial, os governos optam pelo mais fácil-austeridade fiscal-que se resume à celebre alegoria do “homem do fraque”- uma espécie de fiscal bem vestido [de fraque] que acompanha o “devedor” na sombra, chamando-o à atenção na esperança que o perseguido, pague a dívida por vergonha.

Mais do que nunca, a desregulação dos mercados financeiros a nível global, têm representado uma ameaça urgente e potencialmente irreversível que pode conduzir a um retrocesso civilizacional, à semelhança do que aconteceu durante a idade média. Já várias vozes alertaram para este cenário, entre os quais Barack Obama, Alan Greenspan, Warren Buffet e Myron Scholes. Muito recentemente, vozes como as de George Soros tem demonstrado que o valor dos seguros de dívida por incumprimento a.k.a CDS (Credit Default Swaps) deixaram de cumprir os objectivos para que foram criados- i.e. o de quantificarem a “saúde financeira” das empresas e países, ao invés de geraram activos [financeiros] tóxicos que visam ao enriquecimento de bancos de investimento em situação de pré-faléncia.

Perante tal cenário de deriva colectiva, sem esperança, confiança e sentido de humanismo, só nos resta uma solução para tentar evitar o colapso eminente. Esta passa por equilibrar o lado racional com o lado emocional como forma de combater uma civilização tablóide emergente, orquestrada pelas trompetas dos mercados financeiros e das agências de rating.

Como diria Patrick Viveret ”razão instrumental sem inteligência emocional pode levar-nos facilmente a cometer a pior das barbaridades” (cf. Por uma sobriedade feliz, Quarteto 2012, 41). 

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publicado às 00:17




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