Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ultimamente tenho andado com a vista cansada. Deve ser das lunetas...
No artigo "parar para pensar" publicado [hoje] no Diário Económico, o conselheiro de estado Vítor Bento tentou levantar um pouco mais de poeira em torno das mexidas na TSU (desvalorização fiscal), das quais destaco as seguintes permissas:
"Valia a pena discutir a descida da TSU, sem compensação, ou com uma compensação muito parcial. Isso abriria um buraco orçamental, mas se se acreditar que a acção impulsiona a economia, o seu resultado acabará por tapar o buraco ao fim de algum tempo(...)
É claro que isso precisa de mais financiamento e mais dívida, tornando mais difícil a sustentabilidade financeira. Mas esta também não se consegue com o desemprego a caminho dos 20%"
Quem se andou a divertir a estudar a hipótese de uma eventual desvalorização fiscal-como foi o meu caso-sabe que a única hipótese para compensar a subida da TSU aos trabalhadores, passaria por um aumento gradual do IVA. Esta hipótese é de descartar, pois ao contrário do OE 2012, o OE 2013 não prevê um agravamento do IVA do lado da receita.
Vítor Bento, mesmo sabendo que a dívida pública da República Portuguesa ronda os 120% do PIB, insiste na hipótese de nos endividarmos ainda mais, isto é, aumentarmos ainda mais, em percentagem do PIB, a nossa dívida pública como forma de compensar a descida da TSU às empresas.
Depois de ler o que Vítor Bento escreveu, apetecia-me perguntar-lhe o seguinte:
"Será que o senhor (Vítor Bento) conhece o(s) estudo(s) empírico(s) de Carmen M. Reinhart e Kenneth S. Rogoff , que atestam de forma empírica a máxima "Too Much Debt Means the Economy Can’t Grow"?
Leituras Complementares:
#1 Fiscal devaluation as a cure for Eurozone ills – Could it work?
#2 Um orçamento que não se pode executar
One giant leap... (em português, Um salto gigante...) é a manchete dada hoje do jornal inglês The Guardian para celebrar de forma pomposa a marca do recorde do mundo de salto em queda livre, conseguido este domingo pelo austríaco Felix Baumgartner de 43 anos, de uma altura de 128000 pés (aprox. 39 km), tornando-se assim no primeiro ser humano a fazê-lo fora de um aparelho de aviação.
O salto de Baumgartner teve a duração de 4min19s e foi supervisionado por Joseph Kittinger, o antigo detentor do recorde de salto em queda livre (4min36s), que em 1960 saltou de um balão de hélio de uma altitude de 102800 pés (aprox. 31km).
Ao juntar a este(s) record(s), juntou-se um outro- Cerca de sete milhões de pessoas assistiram, em directo, a este salto, através do YouTube.
Felix Baumgartner, ex-piloto do exército austríaco, era um perito de aterragens em áreas pequenas. Como não gostava de receber "ordens estúpidas", decidiu mudar de vida (segundo declarações ao jornal espanhol AS).
Numa altura em que os nossos governantes e comentadores da plebe nos incitam a mudar de vida, a história de vida de Baumgartner não deixa de ser inspiradora para aqueles que gostam de desafios. O slogan "nascido para voar", tatuado num dos braços de Baumgartner, é a prova [viva] de os sonhos se podem tornar realidade, desde que não se desista perante as adversidades.
Leituras Complementares:
#1: "Skydiver Felix Baumgartner lands highest ever jump", por -correspondente em ciência da BBC news.
#2: "Congratulations Felix Baumgartner", por Richard Branson.
Ainda há dias escrevi num outro blog-O Ouriço-que uma boa ideia para amealhar mais contribuições para a segurança social passava por legalizar e taxar a prostituição a.k.a. trabalho sexual, baseado no seguinte argumento:
Haveria assim uma acentuada melhoria na saúde das profissionais, que eram obrigadas a fazer check ups regulares. A saúde dos clientes e respectivos cônjuges seria portanto salvaguarda, contribuindo assim para a prevenção do HIV.
Hoje o suplemento económico dos jornais diários DN/JN- Dinheiro Vivo-noticia "uma campanha promovida pela Rede Sobre Trabalho Sexual em parceria com o GAT (Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos VIH/SIDA), a campanha quer ainda melhores condições laborais e de segurança, bem como reduzir os riscos para a saúde de várias atividades relacionadas com o sexo."
O conteúdo da notícia pode ser lido a partir daqui. O vídeo promocional da campanha segue abaixo.
O debate está (re)lançado!